10 pilotos brasileiros que correram na F1 e talvez você não lembre

27/05/2024 15:23 || Atualizado: 27/05/2024 15:23

Alguns nomes são até bem conhecidos no Brasil, mas por outras categorias do automobilismo

A Fórmula 1 é a categoria mais importante do automobilismo mundial. E desde 1950, ano de estreia da competição, o Brasil teve exatos 32 representantes nas pistas. Entre eles, alguns nomes muito conhecidos pelos fãs, como o dos campeões Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, por exemplo. Como não lembrar também de Chico Landi, o primeiro brasileiro a competir na F1 e de Rubens Barrichello e Felipe Massa, os que mais têm corridas disputadas na conta.

Por outro lado, entre tantos nomes, alguns podem ter sido esquecidos — seja pelo passar do tempo, seja pela pequena participação na categoria. Pensando nisso, Autoesporte seleciona 10 pilotos brasileiros que correram na Fórmula 1 e talvez você não lembre. Veja abaixo:

 

Luiz Pereira Bueno - 1 largada

Luiz Pereira Bueno, que morreu em 2011, foi o oitavo piloto brasileiro a competir na Fórmula 1. O paulistano, conhecido como "Peroba", foi vice-campeão da Fórmula Ford na Inglaterra e depois foi tentar a sorte na categoria mais importante do automobilismo.

No entanto, participou apenas de duas corridas na F1, e ambas no Brasil: em 1972, no primeiro GP do Brasil, e em 1973, sendo a primeira corrida em Interlagos valendo pontos. Na estreia, o piloto foi representante da equipe March no lugar de Niki Lauda, que não veio ao Brasil. Na segunda temporada, competiu pela Surtees, pela qual foi companheiro do também brasileiro José Carlos Pace. O melhor resultado foi um sexto lugar.

 

Ingo Hoffmann - 6 largadas

O conhecido Ingo Ott Hoffmann, maior campeão da Stock Car, também já competiu na Fórmula 1. O piloto paulistano teve uma participação um pouco maior na categoria: foram seis largadas, mas apenas três corridas completas entre 1976 e 1977. Todas pela equipe Copersucar-Fittipaldi. Ingo não chegou a subir no pódio e nem marcou pontos na F1.

 

Alex Dias Ribeiro - 20 largadas

Mineiro de Belo Horizonte, Alex Dias Ribeiro participou de 20 corridas da Fórmula 1 entre as temporadas de 1976 e 1979. O piloto correu pelas equipes Hesketh, March e Copersucar-Fittipaldi. O melhor resultado de Ribeiro foram dois oitavos lugares. Infelizmente, não conseguiu prosseguir a trajetória, mas juntou dinheiro de seus patrocinadores e montou a própria equipe de Fórmula 2. Conseguiu, aliás, uma vitória em Nürburgring, em 1978.

 

 Chico Serra - 33 largadas

Chico Serra é mais um piloto bem conhecido pelos fãs brasileiros de automobilismo, mas que pode não ser reconhecido pela sua trajetória na Fórmula 1. Afinal, é tricampeão da Stock Car.

Francisco Adolpho Serra foi campeão da Fórmula 3 inglesa em 1979. Depois, virou uma das grandes promessas do país rumo à F1. No entanto, em 1980, não fez uma das melhores temporadas na F2. Ainda assim, foi convidado para testar um carro da equipe de Emerson Fittipaldi, mas o time já não vivia mais o seu melhor momento. Serra conseguiu marcar um ponto em suas 33 corridas.

 

Raul Boesel - 30 largadas

 O paranaense Raul Boesel disputou duas temporadas completas na Fórmula 1. Após terminar em terceiro na F3 Inglesa de 1981, Raul tinha bons patrocinadores brasileiros e conseguiu uma vaga na equipe March. No entanto, bons resultados não vieram e ele nem se classificou para a corrida em algumas etapas.

Na segunda temporada, já com a Ligier, a história não foi muito diferente. Desta forma, o melhor resultado foi em Long Beach, onde Raul completou a prova na sétima colocação, a um posto da zona de pontuação.

 

Maurício Gugelmin - 80 largadas

Com títulos na Fórmula Ford e Fórmula 3, Maurício Gugelmin chegou a ser cotado para ser colega de equipe de Ayrton Senna, em 1986. Só que a estreia do catarinense aconteceu só em 1988. Competindo pela March, o piloto marcou seus primeiros pontos com um quarto lugar em Silverstone, na chuva, logo na primeira temporada.

Em 1989, chegou a subir no pódio em Jacarepaguá (RJ), no antigo GP do Brasil. Só que esse foi o melhor resultado do piloto na Fórmula 1. Isso porque, depois, o desempenho do carro caiu muito até 1991. Para piorar, Gugelmin ainda teve um acidente assustador no GP da França. Com 30 anos, se estabeleceu na Fórmula Indy e deixou as pistas em 2001.

 

Ricardo Rosset - 33 largadas

O paulistano Ricardo Rosset começou a correr de kart em 1989, mas já aos 21 anos. Ainda assim, em 1993, se consagrava campeão na Fórmula Vauxhall. Depois, ainda naquele ano, terminou a Fórmula 3 britânica com um sexto lugar e melhorou sua posição em 1994, com uma quarta posição. Antes da F1, ainda foi vice-campeão da Fórmula 3000.

O bom desempenho do brasileiro fez a equipe Arrows (na época, Footwork) o contratar para a temporada de 1996. O problema é que o melhor resultado de Rosset foi um oitavo lugar no GP da Hungria. Em 1997 e 1998, o paulistano competiu pela Lola (que durou um mês) e Tyreell, respectivamente, mas também não foi longe.

 

Tarso Marques - 26 largadas

Também conhecido pelo quadro "Lata Velha” do Caldeirão do Huck e pelas participações no programa Autoesporte, Tarso Marques já competiu na Fórmula 1 — e ao lado de Fernando Alonso. A estreia do piloto foi no GP do Brasil de 1996 pela equipe Minardi. Depois, ainda participou de 24 corridas, mas deixou a categoria em 2001, sem marcar pontos. Para fechar a carreira, ainda correu na Stock Car.

 

Enrique Bernoldi - 29 largadas

Com trajetória de duas temporadas na F1, Enrique Bernoldi disputou 29 corridas pela equipe Arrows em 2001 e 2002. Apesar do bom desempenho nas categorias de base do automobilismo, com títulos na Fórmula Renault Europeia e na prestigiada Fórmula 3 Inglesa, o curitibano não conseguiu mostrar seu talento na categoria.

Isso porque o time teve problemas financeiros e encerrou as atividades em 2002. Além disso, no GP de estreia de Bernoldi, teve que disputar com outros estreantes: ninguém menos do que Kimi Raikkonen, Juan Pablo Montoya e Fernando Alonso.

 

Cristiano da Matta - 28 largadas

Com títulos na Fórmula Ford, Fórmula 3, Indy Lights e Champ Car, Cristiano da Matta foi convidado pela Toyota para ser piloto da Fórmula 1 em 2003. E, apesar de correr em uma equipe de fábrica, a trajetória do mineiro durou pouco.

Afinal, foram apenas 28 corridas, mesmo com seus primeiros pontos já na temporada de estreia. O problema é que, em 2004, o carro do time japonês era desastroso e Da Matta não escondia isso em entrevistas, sendo substituído por Ricardo Zonta. Depois, voltou à Champ Car, onde correu até 2006, ano em que sofreu um acidente.

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